Freud (1916) em seu texto “Os arruinados pelo êxito” afirma estar atordoado pela descoberta de que as pessoas ocasionalmente adoecem precisamente no momento em que um desejo profundamente enraizado e de há muito alimentado atinge realização. Então, é como se elas não fossem capazes de tolerar sua felicidade.
Como uma das relações possíveis para que este fato curioso se apresente frequentemente na clínica, Freud destaca
o sentimento de culpa, que torna intolerável qualquer possibilidade
de sucesso. Uma autocrítica pesada e inconsciente pode operar de maneira a não nos considerarmos
merecedores desse prazer e disparar mecanismos de
sabotagem dessa satisfação.
Com Lacan, temos a advertência de que se colocar nesse lugar de fracassado e azarado também é uma tentadora forma de gozo (sofrimento), uma maneira de extrair uma espécie de satisfação secundaria.
Comunicação:
Estar com o outro é sempre conflituoso, desenvolver habilidades para conseguir estar como observador é extremamente necessário para conseguir lidar com a equipe de trabalho. É muito comum um setor ou vários setores estarem na confusão de línguas que fazem com que a empresa ou a gestão ficarem funcionando como um vulcão em erupção.
Exemplo:
Suponha que o sujeito diga: “acho essa comida bem esquisita”. Bem, se o sujeito é um mexicano, ele quer dizer que a comida é gostosa, maravilhosa, ótima! Mas se o receptor é um brasileiro, a mensagem foi recebida com outro significado: a comida é estranha e não exatamente boa ou gostosa. Há uma ambiguidade dos termos que precisa ser definida. A definição de “esquisito” de um mexicano é distinta da de um brasileiro.
No exemplo utilizei países, mas isso é constatado de família para família, estado para estado do mesmo país.
O primeiro passo é conversar. Vamos encontrar um momento em que possamos nos encontrar e conversar sobre o que está em sua mente.
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