O inconsciente se comunica como uma linguagem, a linguagem do inconsciente… onde se vive junto o isso e o aquilo… que desmente o discurso racional… causando irritação, constrangimentos e vergonhas.
Em análise se torna possível verificar a alteridade que habita o sujeito do inconsciente e assim se torna possível perceber os constrangimentos, as vergonhas, mas que faz nos sentir transparentes e assim criando autonomia para lidar e criar respostas e se forem criativas… há…. Nasce a disposição em tornar o caminhar humano mais consciente da importância da simbolização… disso que é diferente em nós… de início o estranho que nos habita… o estrangeiro que nos é tão conhecido que se torna com o tempo, o que faz sentido que é a voz do que já foi simbolizado e entregue para o pensamento racional.
Assim Freud foi pesquisando sobre a importância de estudar o inconsciente, este feito de lacunas, a qual é o que justamente o pensamento racional trabalha para não ter. Freud constatou que através da experiência clínica que os atos conscientes ficam imperceptíveis quando há insistência que os atos mentais devam ser experimentados apenas pela consciência racional.
Assim, Garcia-Roza diz que os “processos mentais são inconscientes em si, e assemelham a percepção deles por meio da consciência à percepção do mundo externo por meios dos órgãos sensoriais”.
O objeto de análise pode orientar o sujeito em perceber que talvez seja necessário reavaliar se pode estar sendo estabelecido a correspondência entre impressões vindas da consciência e processos mentais inconscientes. Por este motivo se fala “sofremos das nossas certezas inabaláveis”.
Ao conseguir reconhecer as certezas que faz sofrer… pôde-se ao invés de buscar referências para provar as certezas… iniciar o caminho em criar perguntas a si e ir reconhecendo e sentindo o alívio da alteridade do sujeito do inconsciente que nos habita.
Assim término está reflexão com a frase de Freud“ o eu não é o senhor em sua própria morada”.
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